Um novo começo - #2 A loja de lembrancinhas.

 

    Passaram-se dois dias seguintes aquele. Na manhã, Bruno preucupou-se em se distrair de que iria viajar aquela noite, às 20:00, e iria para uma nova cidade, estudar em um colégio novo e conhecer pessoas novas.

     Pegou seu sedã A5, que ganhou de seu pai quando tirou a carteira e foi para casa de seu melhor amigo, Victor. Victor era alto e tinha cabelos loiros, era parceiro de futebol de Bruno e cumplice de qualquer besteira ou brincadeira que saísse do controle que Bruno fazia. A casa de Victor não era muito longe, e por ele ser um ano mais velho que Bruno, ensinou alguns truques para sair do transito e chegar mais rapido lá a qualquer hora do dia.

     Mas neste dia, estes truques não funcionariam. As duas ruas que agilizavam o caminho até a recidencia de Victor estavam fechadas. A unica alternativa era ir por uma rua que, apartir de certas horas, ficava muito movimentada. Quando chegou em um sinaleiro fechado, pegou seu IPhone e ligou para verificar se estas horas eram boas para fazer uma visita.

     Teclou uma, teclou duas, teclou tres e na quarta tentativa de fazer uma ligação, o sinaleiro finalmente abriu. "Acho que seria inconveniente ir lá sem saber se posso. Acho que..." pensava. Neste momento, passou ao lado de uma pequena lojinha de lembranças e resolveu parar o carro para comprar algo para seus pais. "Com certeza, sentirão minha falta. Eu deveria comprar algo para diminuir a dor de ver-me partir".

     A lojinha era um pouco misteriosa. Havia varios itens que não combinavam, como: Um papai noel que cantava musicas natalinas ao lado que uma pequena abobora muito amedrontadora. Entrou na pequena construção, mas não viu nenhum atendente. Andou um pouco para frente e um pequeno macaco que tocava a sensor apitou, e uma senhora de certa idade saiu de uma portinha com um pano escrito "Se pascoa fosse todo dia, os gordos agora seriam magros amanhã" em portugues.

     Ela tinha os cabelos lisos e brancos, o sorriso radiante e uma doçura cativante. A senhora arrumou os oculos acima do nariz, que até pouco tempo pendiam sobre seus seios. Sorriu um pouquinho e falou:

-Ola, eu sou Lillí. Desculpe-me se o fiz esperar muito para ser atendido. Como poderia ajuda-lo?

Bruno olhou um pouco os itens que estavam sobre prateleiras decoradas com enfeites de ações de graça e, sem pensar muito no que falar, disse:

-Estou querendo lembrancinhas para meus pais. Irei viajar e queria que eles ficassem confortaveis como quando estou junto a eles. Mas eles não gostam de velha...- e parou para concertar este erro, pois esta loja estava cheia de coisas velhas.

-Velharias- continuou Lillí, que deu uma pequena olhadinha em sua loja, mas continuou sorrindo.- Poderia esperar um pouco?

-Claro- ele respondeu.

    Ela entrou na portinha e, minutos depois, saiu com muitas lembrancinhas em suas mãos pequenas. Quase deixou um cair, mas conseguiu ajeitar tudo depois.

-Bem, acho que vai gostar desses.- disse Lillí, quando voltou.

    Eram 5 objetos, que foram posicionados um do lado do outro. O primeiro objeto era um bichinho de pelucia, um coração. Tinha um sorrisinho, mãozinhas e perninhas. Um pouco medonho, se olhasse demais. O segundo objeto era uma estatua, com tres pessoas. Um casal e um garotinho, que poderiam representar uma familia feliz. Bruno gostou. O terceiro objeto era um porta retrato, que no momento estava uma foto de uma montanha, com o sol atras e 18 adolescentes com as mãos e os braços esticados. O quarto objeto era um cartão, com 18 paginas cheias de fotos e espacinhos para recados. O quinto objeto era um colar com um coração, que quando abria-o, mostrava o espacinho para fotos dos dois lados. 
    Olhou no relogio, e viu que ja eram 10:30. Iria almossar com os pais às 12:00 e ainda queria visitar Victor. Resolveu levar a estatua, o porta-retrato e o colar. Debitou as lembrancinhas em seu Ourocard e correu para entrar no carro.
    Antes de dar partida, digitou o numero de Victor e apressadamente, ligou. Na primeira tentativa, demorou um pouco, mas Victor atendeu.

-E aí? Vi que tentou me ligar mais cedo. Acordei a pouco tempo. Quer vir aqui em casa?-Victor iniciou a conversa.

 -Ainda bem que tocou neste assunto. Eu estava querendo ir aí para me despedir, mas queria ligar para confirmar se podia ir. Estou chegando em...-olhou o transito- Bem, com as duas ruas alternativas fechadas, terei que passar pelo transito. Acho que meia-hora ja estou chegando.

-Ainda bem que tocou neste assunto. Eu estava querendo ir aí para me despedir, mas queria ligar para confirmar se podia ir. Estou chegando em...-olhou o transito- Bem, com as duas ruas alternativas fechadas, terei que passar pelo transito. Acho que meia-hora ja estou chegando.

Continua...